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Aprendendo Sânscrito - Combinação (4)
Sandhi de Visarga
Introdução
Olá, sou Gabriel Pradīpaka. Aqui, aprenderemos Sandhi do Visarga. Lembre-se dos três tipos de Sandhi:
1) Combinações de Vogais (Sandhi de Vogais)
2) Combinações do Visarga (Sandhi do Visarga)
3) Combinações de Consoantes (Sandhi de Consoantes)
Há muitas regras do Visarga, mas escolhi dez como sendo as mais importantes.
Não obstante, antes de começar o nosso estudo, recorde-se da seguinte tabela:
Tipo | Vogais | ||||
---|---|---|---|---|---|
GRAU FRACO (vogais simples) | a | i-ī | u-ū | ṛ-ṝ | ḷ |
GRAU FORTE (Guṇa) | a | e | o | ar | al |
GRAU ALONGADO (Vṛddhi) | ā | ai | au | ār | āl |
Além disso, está disponível agora uma página com abundantes exemplos para cada regra que foi ensinada. Clique aqui.
Comecemos o nosso estudo agora mesmo.
Obrigado a Paulo & Claudio que traduziram este documento do inglês/espanhol para o português brasileiro.
1a Regra
Uma regra muito importante, realmente:
1a Regra As letras finais "s" e "r" podem ser mudadas para Visarga (ḥ). Há palavras que terminam "originalmente" em "s" e palavras que terminam "originalmente" em "r", mas o Visarga pode substituir o "s" e "r" finais segundo as seguintes sub-regras: a) O "s" final de uma palavra seguida por qualquer letra ou por nada. b) O "r" final de uma palavra seguida por uma consoante surda ou por nada. É claro que, uma vez que "ḥ" tenha substituído "s" ou "r", você pode precisar aplicar outras regras à palavra que agora termina em Visarga. |
Veja a seguinte tabela:
"s" final | + | qualquer letra ou nada | = | ḥ (Visarga) + qualquer letra ou nada |
"r" final | + | uma consoante surda ou nada | = | ḥ (Visarga) + uma consonant surda ou nada |
Dois exemplos para cada caso. Como estabeleci acima, depois de o "ḥ" substituir o "s" ou o "r", você provavelmente terá que usar outras regras para combinar a palavra que termina agora em Visarga. Em suma, você terá primeiro que mudar o "s" ou o "r" para "ḥ" e, então, às vezes, aplicar outras regras de Sandhi do Visarga à palavra que termina agora em "ḥ". Nos seguintes exemplos, você não terá que usar nenhuma regra adicional para combinar. Escolhi exemplos que não usam uma combinação subsequente, porque você não conhece outras regras para o Visarga ainda. Entendeu? Bom:
मनस् (manas) = मनः (manaḥ) | नमस् (namas) + कृष्णाय (kṛṣṇāya) = नमः कृष्णाय (namaḥ kṛṣṇāya) |
Mente (manaḥ) | Saudação (namaḥ) a Kṛṣṇa (kṛṣṇāya) |
पुनर् (punar) = पुनः (punaḥ) | मातर् (mātar) + क्रन्देः (krandeḥ) = मातः क्रन्देः (mātaḥ krandeḥ) |
Novamente (punaḥ) | Oh mãe (mātaḥ), chore (krandeḥ)! |
2a Regra
Outra importante regra que é usada muito frequentemente. Preste atenção:
2a Regra Visarga (substituindo "s", e não "r") precedido por "a" e seguido por "a" ou por uma consoante sonora, transforma-se em "u". Por sua vez, se há um "a" inicial na segunda palavra, este deve ser substituído por um apóstrofe ('). |
Veja a seguinte tabela:
"ḥ" final (substituindo "s", e não "r") precedido por "a"
|
+
|
a
|
=
|
o' ("o" é formado a partir do "a" anterior mais o "u" --a nova forma do Visarga-- segundo a segunda Regra Primária do Sandhi de Vogais)
|
"ḥ" final (substituindo "s", e não "r") precedido por "a"
|
+
|
uma consoante sonora
|
=
|
o ("o" é formado a partir do "a" anterior mais o "u" --a nova forma do Visarga-- segundo a segunda Regra Primária do Sandhi de Vogais)
|
Dois exemplos para cada caso. Note que o Visarga não deve provir de uma palavra que use originalmente "r" (por exemplo, "punar" --novamente--). Já que não há muitas palavras terminando originalmente em "r", você pode, em geral, utilizar esta regra sem problemas. A vogal "o" aparece porque eu aplico a 2a Regra Primária do Sandhi de Vogais para combinar o "a" (que precede o Visarga) com o "u" (a nova forma do Visarga agora). Simples!:
शिवः (śivaḥ) + अहम् (aham) = शिवोऽहम् (śivo'ham) | देवः (devaḥ) + अस्ति (ásti) = देवोऽस्ति (devo'sti) |
Eu (aham) (sou) Śiva (śivaḥ) | Deus (devaḥ) existe (ásti) |
रुद्रः (rudraḥ) + वन्द्यः (vandyaḥ) = रुद्रो वन्द्यः (rudro vandyaḥ) | प्राणायामः (prāṇāyāmaḥ) + हितः (hitaḥ) = प्राणायामो हितः (prāṇāyāmo hitaḥ) |
Rudra (rudraḥ) deve ser louvado (vandyaḥ) | O Prāṇāyāma (prāṇāyāmaḥ) é benéfico (hitaḥ) |
3a Regra
Uma regra crucial que também é utilizada muito frequentemente:
3a Regra Quando o Visarga é seguido por "c", "ch", "ṭ", "ṭh", "t" ou "th", não sendo eles próprios seguidos por uma sibilante (ś, ṣ ou s), transforma-se em "ś" (antes de "c" e "ch"), "ṣ" (antes de "ṭ" e "ṭh") e "s" (antes de "t" e "th"). Deve-se notar que as palavras "saḥ" e "eṣaḥ" nunca seguem essa regra (Ver 10a Regra). |
Veja a seguinte tabela:
"ḥ"
|
+
|
"c" ou "ch" (não seguido por uma sibilante)
|
=
|
ś + "c" ou "ch" (não seguido por uma sibilante)
|
"ḥ"
|
+
|
"ṭ" ou "ṭh" (não seguido por uma sibilante)
|
=
|
ṣ + "ṭ" ou "ṭh" (não seguido por uma sibilante)
|
"ḥ"
|
+
|
"t" ou "th" (não seguido por uma sibilante)
|
=
|
s + "t" ou "th" (não seguido por uma sibilante)
|
Dois exemplos para cada caso e um para a exceção. Note que você deve, ao final, juntar "ś", "ṣ" e "s" com o respectivo "c", "ch", etc. A partir dos exemplos, você compreenderá o que quero dizer. Além disso, as palavras "saḥ" (ele, esse/aquele) e "eṣaḥ" (ele, este) são exceções a esta regra. Vá à 10a regra para mais informações.
शिवः (śivaḥ) + च (ca) = शिवश्च (śivaśca) | शिवः (śivaḥ) + छायः (chāyaḥ) = शिवश्छायः (śivaśchāyaḥ) |
Śiva (śivaḥ) também (ca) | Śiva (śivaḥ) dá sombra (chāyaḥ) |
सुन्दरः (sundaraḥ) + टङ्कः (ṭaṅkaḥ) = सुन्दरष्टङ्कः (sundaraṣṭaṅkaḥ) | वरः (varaḥ) + ठक्कुराणाम् (ṭhakkurāṇām) = वरष्ठक्कुराणाम् (varaṣṭhakkurāṇām) |
Um belo (sundaraḥ) machadinho (ṭaṅkaḥ) | O mais eminente (varaḥ) entre as deidades (ṭhakkurāṇām) |
विष्णुः (viṣṇuḥ) + त्राता (trātā) = विष्णुस्त्राता (viṣṇustrātā) | नरः (naraḥ) + थुत्थुकारकः (thutthukārakaḥ) = नरस्थुत्थकारकः (narasthutthukārakaḥ) |
Viṣṇu (viṣṇuḥ) (é) o protetor (trātā) | Um homem (naraḥ) que estala os lábios quando come (thutthukārakaḥ) |
जन्तुः (jantuḥ) + त्सारी (tsārī) = जन्तुः त्सारी (jantuḥ tsārī), e não जन्तुस्त्सारी (jantustsārī) |
Um animal (jantuḥ) que se aproxima furtivamente (tsārī) |
4a Regra
Outra importante regra que se usa muito frequentemente. Preste atenção:
4a Regra Quando o Visarga é precedido por "i" ou "u" e não pertence a nenhuma terminação em particular, transforma-se em "ṣ" [exceto na palavra "muhuḥ" (originalmente "muhur") --repentinamente, de uma vez, incessantemente, etc.--] se for seguida por uma consoante sonora pertencente à classe gutural ou labial. |
Veja a seguinte tabela:
(exceto na palavra "muhuḥ") "ḥ" final precedido por "i" ou "u" e não pertencente a nenhuma terminação em particular | + | uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial | = | ṣ + uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial |
"ḥ" final na palavra "muhuḥ" | + | uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial | = | nenhuma mudança |
Dois exemplos do primeiro caso e um do segundo. É necessário notar que o Visarga não deve pertencer a nenhuma terminação em particular (por exemplo, "uḥ"). Deixarei claro esse detalhe por meio de dois exemplos, não se preocupe. A palavra "duḥkha" (dor), apesar de aparecer escrita desse modo nos dicionários, deveria ser escrita "duṣkha", segundo a presente regra.
दुः (duḥ) + कर्म (karma) = दुष्कर्म (duṣkarma) | निः (niḥ) + पतिसुता (patisutā) = निष्पतिसुता (niṣpatisutā) |
Uma má (duḥ) ação (gajaḥ) | Uma mulher que não tem (niḥ) marido (pati) nem (niḥ) filhos (sutā) |
मुहुः (muhuḥ) + कृतः (kṛtaḥ) = मुहुःकृतः (muhuḥkṛtaḥ) |
Feito (kṛtaḥ) com frequência (muhuḥ) |
द्रष्टुः (draṣṭuḥ) + परावस्था (parāvasthā) = द्रष्टुःपरावस्था (draṣṭuḥ parāvasthā) | योगिभिः (yogibhiḥ) + प्रोक्तः (proktaḥ) = योगिभिः प्रोक्तः (yogibhiḥ proktaḥ) |
A suprema (parā) condição (avasthā) do Vidente (draṣṭuḥ) --A terminação é "uḥ"-- | (O que) é dito (proktaḥ) pelos yogī-s (yogibhiḥ) --A terminação é "bhiḥ"-- |
5a Regra
Uma regra muito importante, certamente:
5a Regra Quando "dviḥ", "triḥ" e "catuḥ" fazem o papel de advérbios que indicam frequência, mudam opcionalmente o seu Visarga para "ṣ" se forem seguidos por uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial. |
Veja a seguinte tabela:
"dviḥ", "triḥ" e "catuḥ" fazendo o papel de advérbios que indicam frequência | + | uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial | = | ṣ + uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial |
"dviḥ", "triḥ" e "catuḥ" fazendo o papel de advérbios que indicam frequência | + | uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial | = | nenhuma mudança |
Exemplos para cada caso e exceção.
त्रिः (triḥ) + कुरु (kuru) = त्रिष्कुरु (triṣkuru) | चतुः (catuḥ) + पृणामि (pṛṇāmi) = चतुष्पृणामि (catuṣpṛṇāmi) |
Faça (kuru) três vezes (manaḥ) | Eu encho (pṛṇāmi) quatro vezes (catuḥ) |
Ou, opcionalmente:
त्रिः (triḥ) + कुरु (kuru) = त्रिःकुरु (triḥkuru) | चतुः (catuḥ) + पृणामि (pṛṇāmi) = चतुःपृणामि (catuḥpṛṇāmi) |
Faça (kuru) três vezes (triḥ) | Eu encho (pṛṇāmi) quatro vezes (catuḥ) |
Mas, se não agem como advérbios, esta regra não se aplica:
द्विः (dviḥ) + कपोलः (kapolaḥ) = द्विष्कपोकः (dviṣkapolaḥ) | चतुः (catuḥ) + पादः (pādaḥ) = चतुष्पादः (catuṣpādaḥ) |
Tendo quatro (dviḥ) bochechas (kapolaḥ) | Tendo quatro (catuḥ) pés (pādaḥ) |
6a Regra
Outra importante regra utilizada muito frequentemente. Preste atenção:
6a Regra Uma palavra que termina em "iḥ" ou "uḥ" muda opcionalmente o seu Visarga para "ṣ" se for seguida por uma consoante surda pertencente à classe gutural ou labial, somente quando a palavra seguinte é necessária para completar o sentido. |
Esta regra é uma espécie de complemento à quarta regra. Veja a seguinte tabela, onde você pode ver as duas opções:
"iḥ" ou "uḥ" finais | + | uma consoante surda (gutural ou labial) pertencente a uma palavra que é necessária para completar o sentido | = | "iṣ" ou "uṣ" + uma consoante surda (gutural ou labial) pertencente a uma palavra que é necessária para completar o sentido |
"iḥ" ou "uḥ" finais | + | uma consoante surda (gutural ou labial) pertencente a uma palavra que é necessária para completar o sentido | = | nenhuma mudança |
Exemplos:
चक्षुः (cakṣuḥ) + कामये (kāmaye) = चक्षुष्कामये (caksuṣkāmaye) | हविः (haviḥ) + कुरुमः (kurumaḥ) = हविष्कुरुमः (haviṣkurumaḥ) |
Desejo (kāmaye) a faculdade de ver (cakṣuḥ) | Preparamos (kurumaḥ) a oblação (haviḥ) |
Ou, opcionalmente:
चक्षुः (cakṣuḥ) + कामये (kāmaye) = चक्षुःकामये (cakṣuḥkāmaye) | हविः (haviḥ) + कुरुमः (kurumaḥ) = हविःकुरुमः (haviḥkurumaḥ) |
Desejo (kāmaye) a faculdade de ver (cakṣuḥ) | Preparamos (kurumaḥ) a oblação (haviḥ) |
Mas não há Sandhi no próximo exemplo, porque "dhanuḥ" não está conectado com "pakṣyāmi", ou seja, a segunda palavra não é necessária para completar o sentido. Você verá que há outras regras de Sandhi operando na frase, mas focalize a sua atenção predominantemente nas duas palavras supracitadas.
तत् (tat) + सुन्दरम् (sundaram) + धनुः (dhanuḥ) + पक्ष्यामि (pakṣyāmi) + अन्नम् (annam) = तत्सुन्दरं धनुः पक्ष्याम्यन्नम् (tatsundaraṁ dhanuḥ pakṣyāmyannam) |
Esse (tat) arco (dhanuḥ) (é) belo (sundaram); Cozinharei (pakṣyāmi) a comida (annam) |
7a Regra
Uma regra utilizada muito comumente:
7a Regra Quando Visarga é precedido por qualquer vogal (exceto "a" ou "ā") e seguido por uma vogal ou uma consoante sonora, deve ser transformado em "r". |
Veja a seguinte tabela:
"ḥ" final precedido por qualquer vogal (exceto "a" ou "ā") | + | uma vogal ou uma consoante sonora | = | r + uma vogal ou uma consoante sonora |
Esta regra está estreitamente conectada a duas outras regras (2 e 9). Exemplos agora:
विष्णुः (viṣṇuḥ) + ईक्षते (īkṣate) = विष्णुरीक्षते (viṣṇurīkṣate) | हरिः (hariḥ) + जयति (jayati) = हरिर्जयति (harirjayati) | गुरुः (guruḥ) + एव (eva) = गुरुरेव (gurureva) |
Viṣṇu (viṣṇuḥ) vê (īkṣate) | Hari (hariḥ) conquista (jayati) | Somente (eva) o Guru (guruḥ) |
8a Regra
Outra importante regra que se usa muito frequentemente. Preste atenção:
8a Regra Quando uma palavra que termina em "r" (quer seja originalmente ou depois de aplicar a 7a Regra, mostrada anteriormente) é seguida por "r" ou "ḍh", o "r" final é omitido, e qualquer "a", "i" ou "u" que o preceda é alongado. |
Veja a seguinte tabela:
"r" final (pertencente a uma palavra que termina originalnente em "r" ou a uma palavra que termine em "r" após aplicar a regra 7) | + | "r" ou "ḍh" | = | o "r" final é omitido, e qualquer "a", "i" ou "u" que o preceda é alongado (obviamente, no caso de "ā", "ī" e "ū", nenhum alongamento é necessário) |
Esta regra é muito importante e é aplicada às vezes. Alguns exemplos agora.
मह्यम् (mahyam) + विष्णुः (viṣṇuḥ) + रोचते (rocate) = मह्यं विष्णुर् रोचते (mahyaṁ viṣṇur rocate) = मह्यं विष्णूरोचते (mahyaṁ viṣṇūrocate) | पुनर् (punar) + ढुण्ढिः (ḍhunḍhiḥ) = पुन ढुण्ढिः (puna ḍhunḍhiḥ) = पुनाढुण्ढिः (punāḍhunḍhiḥ) |
Para mim (mahyam), Viṣṇu (viṣṇuḥ) é agradável (rocate) (Essa frase deve ser geralmente traduzida desta maneira: "Eu gosto de Viṣṇu". Contudo, a seguinte tradução é também possível: "Eu anseio por Viṣṇu".) | Gaṇeśa (ḍhunḍhiḥ) outra vez (punar) |
9a Regra
Uma regra crucial que também se usa muito:
9a Regra Quando Visarga (precedido por "ā") é seguido por uma consoante sonora, deve ser omitido. No entanto, é opcionalmente omitido quando: (1) é seguido por uma vogal, (2) é precedido por "a" e seguido por uma vogal --exceto "a"--. Finalmente, se for escolhido não omiti-lo, o Visarga deve ser mudado para "y" nesses dois casos. |
Esta regra contém uma espécie de complemento à segunda regra. Veja a seguinte tabela:
Deve-se obrigatoriamente omitir o Visarga neste caso | ||||
"ḥ" final (precedido por "ā")
|
+
|
uma consoante sonora
|
=
|
ḥ (Visarga) deve ser omitido
|
Duas situações adicionais nas quais você pode opcionalmente omitir o Visarga ou transformá-lo em "y" | ||||
"ḥ" final (precedido por "ā")
|
+
|
qualquer vogal
|
=
|
ḥ (Visarga) é omitido ou transformado em "y"
|
"ḥ" final (precedido por "a")
|
+
|
qualquer vogal (exceto "a")
|
=
|
Vários exemplos agora.
अश्वाः (aśvāḥ) + भवन्ति (bhavanti) = अश्वा भवन्ति (aśvā bhavanti) | देवाः (devāḥ) + निस्तारयन्ति (nistārayanti) = देवा निस्तारयन्ति (devā nistārayanti) |
Os cavalos (aśvāḥ) existem (bhavanti) | Os deuses (devāḥ) resgatam (nistārayanti) |
योगाः (yogāḥ) + आवश्यकाः (āvaśyakāḥ) = योगा आवश्यकाः (yogā āvaśyakāḥ) | योगाः (yogāḥ) + आवश्यकाः (āvaśyakāḥ) = योगाय् आवश्यकाः (yogāy āvaśyakāḥ) = योगायावश्यकाः (yogāyāvaśyakāḥ) |
Os Yoga-s (yogāḥ) (são) necessários (āvaśyakāḥ) | Os Yoga-s (yogāḥ) (são) necessários (āvaśyakāḥ) |
शिवः (śivaḥ) + एति (eti) = शिव एति (śiva eti) | शिवः (śivaḥ) + एति (eti) = शिवय् एति (śivay eti) = शिवयेति (śivayeti) |
Śiva (śivaḥ) vai (eti) | Śiva (śivaḥ) vai (eti) |
10a Regra
Outra importante regra que se usa com muita frequência. Preste atenção:
10a Regra O Visarga dos pronomes masculinos "saḥ" (ele, esse/aquele) e "eṣaḥ" (ele, este) é omitido antes de uma consoante quando não estão sendo utilizados em um composto Tatpuruṣa negativo. Além disso, às vezes, em poesia, o Visarga final é omitido antes de uma vogal (exceto "a") para satisfazer os requisitos da métrica. Obviamente, o "a" no "sa" resultante se combina posteriormente segundo as conhecidas regras do Sandhi de Vogais. |
Veja a seguinte tabela:
"ḥ" final em saḥ e eṣaḥ |
+
|
qualquer consoante | = | ḥ é sempre omitido, exceto em um composto Tatpuruṣa negativo |
"ḥ" final em saḥ e eṣaḥ (às vezes, em poesia) |
+
|
qualquer vogal (exceto "a") | = | ḥ pode ser omitido para satisfazer as regras da métrica |
Não se preocupe sobre compostos neste nível do seu aprendizado. Você só precisa saber que compostos Tatpuruṣa são Compostos Determinativos formados por duas palavras, a primeira "determinando" o sentido da segunda. Há 6 classes de Tatpuruṣa-s. A segunda se refere aos Tatpuruṣa-s negativos. Eles são formados adicionando-se "na", "a" ou "an". O assunto é muito mais complicado, mas, como eu disse, não se preocupe com isso agora. Raramente me deparei com um Tatpuruṣa negativo contendo "saḥ" ou "eṣaḥ".
E, com relação à omissão do Visarga antes de vogais (exceto "a") em poesia, posso dizer que ocorre às vezes. Exemplos agora.
सः (saḥ) + गायति (gāyati) = स गायति (sa gāyati) | एषः (eṣaḥ) + योगः (yogaḥ) = एष योगः (eṣa yogaḥ) |
Ele (saḥ) canta (gāyati) | Este (eṣaḥ) Yoga (yogaḥ) |
असः (asaḥ) --um Tatpuruṣa negativo-- + देवः (devaḥ) = असः देवः (asaḥ devaḥ) --Visarga não é omitido, mas você terá que usar a segunda regra de Sandhi do Visarga agora-- = असो देवः (aso devaḥ) |
Esse (saḥ) não é (a) Deus (devaḥ) |
सः (saḥ) + एव (eva) = स एव (sa eva) = सैव (saiva) --aplicando a segunda Regra Primária do Sandhi de Vogais-- |
Só (eva) ele (saḥ) ou Ele (saḥ) certamente (eva) ou simplesmente Ele (saḥ eva) (e "eva" não sendo traduzido e apenas dando ênfase à frase) |
Notas finais
Este documento está terminado. Há algumas outras regras, mas não são muito importantes. Estas 10 regras são o núcleo do Sandhi do Visarga. Você deveria estudá-las com cuidado. Não é necessário aprendê-las de cor. Eu não estimulo as pessoas a aprender dessa maneira, nunca! Você deveria apenas pegar algum texto sânscrito deste site e analisar como estão operando as regras de Sandhi nele. Desta forma, aprenderá rapidamente. Note que, apesar de todas as dez regras serem importantes, apenas algumas são utilizadas muito frequentemente.
Bem, foi uma dura tarefa, mas valeu a pena o meu esforço. Estudar Sandhi é indispensável se você quiser traduzir textos em Sânscrito para português ou qualquer outra língua. Como as palavras mudam segundo essas regras quando inseridas em uma frase em Sânscrito, você terá que desfazer essas mudanças para identificar as palavras originais. Para realmente desfazer essa metamorfose, você terá que conhecer o processo por meio do qual foi criada. Entendeu? Um exemplo:
शिवोऽहम् (śivo'ham) --Para traduzir isso, você tem que identificar as palavras que compõem a frase. Se você procurar "śivo" e "ham" no dicionários, provavelmente encontrará disparates. Talvez encontre uma certa conexão entre "śivo" e "śiva", mas não é sempre tão simples. Mas, se perceber que a segunda regra de Sandhi do Visarga está operando aqui, você chegará a saber que "śivo'ham" consiste de "śivaḥ" (Śiva) e "aham" (I). Então, agora a tradução é possível: "Eu sou Śiva". Todo o trabalho de um tradutor é (1) Identificar as palavras em um texto aplicando as regras de Sandhi na direção oposta, (2) Traduzir o próprio texto aplicando a ciência da gramática sânscrita, (3) É claro, o tradutor deve ter conhecimento suficiente sobre o tema tratado no texto sânscrito. Se não, um desastre pode ocorrer, hehe! Por exemplo, cada filosofia pode usar termos similares, mas com significados distintos.
Portanto, Sandhi é essencial, sem dúvida. É por isso que, não importa o quão complicado ou confuso possa parecer, você deveria estudá-lo de novo e de novo, pois é a chave para traduzir. Nos vemos!
Informação adicional
Este documento foi concebido por Gabriel Pradīpaka, um dos dois fundadores deste site, e guru espiritual versado em idioma Sânscrito e filosofia Trika.
Para maior informação sobre Sânscrito, Yoga e Filosofia Indiana; ou se você quiser fazer um comentário, perguntar algo ou corrigir algum erro, sinta-se à vontade para enviar um e-mail: Este é nosso endereço de e-mail.